Sob acusações de pedofilia, TJs pedem em vídeo destruição de documentos

Superintendente de registros diz que deve haver sumiço de documentos porque ‘Satanás está atrás de nós’

Em vários países, fiéis e ex-seguidores da Igreja acusam anciões de pedofilia e de estupro de adultos, com repercussões na Justiça e nos cofres da organização. O site Philadelphia Inquirer publicou um vídeo [ver abaixo] onde aparece um alto funcionário das Testemunhas de Jeová pedindo a anciões [pastores] a destruição de rascunhos e documentos internos, de modo que a organização não seja envolvida em processos judiciais, livrando-se, assim, do pagamento de milhões de dólares em indenização.

O site americano manteve no anonimato quem lhe entregou o vídeo, que foi apresentado em um seminário de anciões na Grã-Bretanha no ano passado.

A informação de que a organização tinha determinado a destruição de documentos comprometedores já circulava em sites de ex-Testemunhas de Jeová, mas as imagens foram vazadas somente agora.

No vídeo, Shawn Bartlett, superintendente de registros das Tjs, diz que é preciso dar sumiço em material que possa servir de prova judicial porque o “mundo está mudando, e sabemos que Satanás está vindo atrás de nós, e ele vai nos atingir legalmente”.

Em uma referência a um litígio judicial, Barlett afirmou: “Nós nos deparamos com dificuldades no passado por causa dos registros que temos”.

Em 2017, um juiz da Califórnia (EUA) multou a organização religiosa em mais de US$ 2 milhões por se recusar a entregar uma lista com os nomes de 775 suspeitos de abuso.

De acordo com o mesmo site, a direção das TJs criou um fundo milionário de reservas para pagar as indenizações judiciais por abuso de crianças.

Com informação do Philadelphia Inquirer

Leia também:  Mediador - apenas para os 144.000?

Deixe um comentário